O Gaeco (Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de São Paulo, denunciou 19 alvos da Operação Ladinos, deflagrada em 17 de outubro passado, quando foram cumpridos 19 mandados de prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Bahia, Pernambuco e Alagoas.
A investigação começou em 2022, após o Gaeco receber a informação de que o chefe de uma quadrilha que atua especialmente na região de Campinas, mas com ramificações em outros Estados, estava morando em um condomínio de luxo em Campinas. Ele também é suspeito de homicídios em Sergipe e em Ribeirão Preto.
Na denúncia do MP, a informação é de que os acusados ocultaram e dissimularam a origem ilícita e a propriedade de bens e valores obtidos com roubos de cargas de defensivos agrícolas.
Conforme as informações levantadas, o grupo criminoso movimentou, de modo estruturado e ordenado, cerca de R$ 424 milhões entre os anos de 2018 e 2023.
De acordo com o Ministério Público, a operação de lavagem de capitais consistia, basicamente, na venda dos produtos dos crimes de roubo por empresas voltadas ao comércio de insumos agropecuários, seguida da movimentação das quantias obtidas por meio de subsequentes transações financeiras realizadas a partir de contas bancárias registradas em nome de empresas de fachada e de laranjas, assim como abertas com identidades falsas.
Eles podem responder por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsificação de documento público.