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A alimentação tem sido um gasto cada vez mais pesado no bolso do trabalhador. Um levantamento realizado pelo Observatório PUC-Campinas apontou que a cesta básica na cidade chegou a R$ 754,55 em dezembro.
É o terceiro aumento consecutivo e o quarto maior valor da série histórica. A pesquisa indica que a alta foi puxada por nove itens, com destaque para a carne, que registra aumento há seis meses.
Segundo levantamento, a alta na cidade de Campinas acompanha o mesmo movimento ocorrido em 16 capitais.
Em novembro, a carne chegou ao valor de R$ 45,68 o quilo, um aumento de 18,08% em relação ao valor mais baixo de 2024, que ocorreu em maio, quando o produto custava R$ 37,56 o quilo. Produtos como óleo, batata e café puxaram o aumento significativo da cesta.
Além do preço do dólar, o crescimento da exportação impactou na alta dos preços. No caso da carne, a aumento no consumo também contribuiu para a elevação.
A pesquisa fez ainda um comparativo do custo dos alimentos com o valor base do salário mínimo. Considerando o valor de R$ 1.412, a cesta básica em Campinas compromete 53,4% do salário mínimo brasileiro.
A avaliação da cesta leva em conta o necessário para alimentar um trabalhador por um mês. Para uma família de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, a pesquisa aponta que o necessário seriam três cestas básicas. Nesse caso, o custo somente com alimentação seria de R$ 2.263,64.
Ainda não há perspectiva de queda para o fim do ano. A expectativa é fechar 2024 com alta total de 6%.
