Retrospectiva 2024: Campinas registra pior epidemia de dengue da história

Foto: Prefeitura de Campinas

Ouça a reportagem na íntegra.

O ano de 2024 foi marcado pela maior epidemia de dengue já registrada na história de Campinas.  De acordo com o painel de arboviroses do Município, foram mais de 120 mil casos confirmados em doze meses e 84 mortes pela doença no período.

Em todo o ano de 2023, Campinas registrou 11.523 casos, com três mortes pela doença. O aumento dos casos de dengue neste ano ultrapassa 949%.

Ainda conforme os dados disponibilizados pelo painel, a 15ª semana epidemiológica, em abril, foi a pior: 8.815 pessoas infectadas com a doença.

A semana seguinte teve o maior número de mortes confirmadas, com 11 pessoas que perderam a vida para a dengue.

O munícipio avalia que a circulação dos três diferentes sorotipos da dengue na cidade contribuiu para a alta expressiva de casos.

A diretora do departamento de vigilância em saúde de Campinas, Wanice Port, conta sobre o impacto da epidemia na cidade.

As mudanças climáticas, que geram presença frequente das ondas de calor, também favoreceram o aumento. Uma pesquisa da Unicamp revelou que o aumento de 1ºC na temperatura colabora para a proliferação da doença.

Para o Departamento de Vigilância Epidemiológica de Campinas, o Devisa, a situação para o próximo ano pode ser similar à enfrentada em 2024 ou ainda mais grave que neste ano.

Além da variedade de sorotipos, outros fatores que contribuem para o alerta são a alta significativa dos casos no segundo semestre, além da possibilidade de uma pessoa ser infectada por até quatro vezes.

Um agravante para a crescente dos casos tem sido a dificuldade de retirada dos criadouros das casas.

A vigilância aponta que 75% dos focos do mosquito estão nas residências, mas em pelo menos metade delas, os agentes de endemias não podem atuar na casa, ou porque o morador não está ou pela recusa da entrada.

Para tentar frear o avanço da doença, a Secretaria de Saúde ampliou o plano de ação e adotou novas estratégias.
Entre elas, uma parceria com a Polícia Federal para localizar criadouros do Aedes Aegypti com uso de satélite e uma parceria com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis, para acessar casas vazias.

Outra medida, em parceria com a CPFL, é o envio de alertas educativos nas contas de luz, além do uso de inteligência artificial para convocar crianças e adolescentes que estão com a vacina atrasada.

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