Campinas concentra 35% das mortes por febre amarela no Estado em 2025

Foto: Divulgação

A região de Campinas concentra 35% das mortes por febre amarela do Estado de São Paulo em 2025. Os dados atualizados pela Secretaria Estadual de Saúde apontam que 14 pessoas morreram na grande Campinas pela doença só nos dois primeiros meses deste ano.

Campinas e Piracaia registraram duas mortes. Pacientes de Amparo, Bragança Paulista, Joanópolis, Nazaré Paulista, Pedreira, São Pedro, Socorro, Tuiuti, Valinhos, Vargem e Pedreira também morreram.

Desde o início do ano epidemiológico da febre amarela, que vai sempre de julho a junho, o Estado tem 20 mortes confirmadas. Os números incluem Brotas e Caçapava. Dois casos foram contraídos em Itapeva e Monte Sião, em Minas Gerais, mas as pessoas moram no Estado de São Paulo. Um deles morreu e o outro permanece internado.

Há algo em comum entre todas as mortes: nenhuma das 20 pessoas tomou a vacina, que está disponível de graça em toda a rede de saúde. Tatiana Lang, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado, reforça, mais uma vez, que todos devem procurar a imunização.

Desde o ano passado até agora, 49 macacos morreram vítimas da febre amarela. A região de Ribeirão Preto concentra o maior número, 25 até agora, mais um em Colina, que, apesar de ser próxima a Ribeirão, faz parte do Grupo de Vigilância Epidemiológica de Barretos. Na região de Campinas, foram 20 registros. Mairiporã, Guarulhos e Osasco reúnem os três números finais.

O primata não transmite a doença, e é considerado um ‘sentinela’ importante para as autoridades de saúde. Um macaco morto diagnosticado com febre amarela significa que há a circulação do vírus naquela região.

Durante as muitas reportagens sobre o tema, a CBN se deparou com uma confusão que é mais comum do que parece: muita gente acha que a febre amarela é a mesma coisa da febre maculosa, que até tem alguns sintomas semelhantes, mas, como Tatiana Lang explica, são totalmente diferentes.

O período endêmico para dengue também deixa em alerta a Vigilância Epidemiológica. Com o número de casos subindo gradativamente, a tendência de confundir todas as doenças é muito grande. Por isso, a orientação é que, quando sentir qualquer sintoma, como febre alta –especialmente aquela que aparece do nada, dores de cabeça e calafrios, procure imediatamente um médico. E, principalmente: fale se você frequentou uma área de mata ou se a região onde você vive está com surto de dengue, por exemplo. Isso pode ser determinante no diagnóstico e tratamento corretos.

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