Sistema Cantareira segue em recuperação, mas nível ainda é inferior ao de 2024 

Foto: Arquivo/ ALESP/Divulgação

O outono começou oficialmente na última quarta-feira (20) com o Sistema Cantareira em trajetória de recuperação, mesmo com chuvas abaixo da média. O reservatório, que abastece a região de Campinas, atingiu 59,7% da capacidade útil ao final de fevereiro, um avanço em relação aos 52,3% registrados em janeiro. No entanto, o índice ainda está abaixo do mesmo período de 2024, quando o sistema operava com 76,1%.

A recuperação gradual tem sido impulsionada pela transposição de águas do Rio Paraíba do Sul, em Igaratá, para o reservatório Atibainha, que integra o Cantareira. Segundo o Consórcio PCJ, a vazão média dessa transferência foi de 6,61 m³/s. 

Mesmo com a melhora, o nível do sistema segue abaixo dos últimos anos. Na quarta-feira (20), o volume armazenado era de 58,8%, contra 76,7% em 2024 e 79,8% em 2023. Ainda assim, o cenário atual é significativamente melhor do que o vivido na crise hídrica de 2015, quando o Cantareira operava no volume morto, com -13,2%. 

Perspectivas para a estiagem 

A tendência é de que o fenômeno La Niña perca força nos próximos meses, levando a uma transição para condições climáticas neutras. Com isso, a previsão é de chuvas dentro ou ligeiramente abaixo da média nas bacias PCJ. 

Em entrevista à CBN Campinas, a coordenadora do Consórcio PCJ, Andréa Borges, destacou a necessidade de investimentos em infraestrutura hídrica para garantir o abastecimento a longo prazo. Entre as soluções apontadas estão sistemas de captação de água da chuva, reúso, construção de reservatórios e piscinões ecológicos. 

Campinas capta cerca de 99% da água que consome no Rio Atibaia, que faz parte do sistema Cantareira. O município também conta com a captação no Rio Capivari e em alguns reservatórios locais.

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