Ministério da Agricultura manda recolher rações para cavalos após mortes em Indaiatuba

Foto: Reprodução/ETPV

O Ministério da Agricultura mandou recolher, em todo o país, todas as rações para cavalos produzidas pela empresa Nutratta Nutrição Animal, com data de fabricação a partir de 21 de novembro de 2024. A venda desses produtos também está proibida por causa do risco à saúde dos animais. 

Desde o início das investigações, no fim de maio, foram registradas 122 mortes de cavalos nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Alagoas. Em todos os casos analisados até agora, os tutores disseram que os animais comeram rações fabricadas pela mesma empresa. Outras 36 mortes ainda estão sendo investigadas. 

Na região de Campinas, a suspeita também recai sobre a ração produzida pela empresa. Em Indaiatuba, donos de cavalos denunciaram que pelo menos 120 animais passaram mal e nove morreram depois de consumirem a ração distribuída no Rancho Alvorada. Segundo os tutores, o próprio rancho compra e fornece o alimento. Os cavalos estavam em baias alugadas no local. 

O veterinário que acompanhou os casos relatou sinais de problemas no fígado dos animais, confirmados por exames. No auge da crise, pelo menos 14 cavalos estavam internados recebendo soro. As primeiras mortes aconteceram no fim de abril. 

Na época, a prefeitura de Indaiatuba informou que técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e do Centro de Reabilitação Animal se reuniram para discutir como agir no caso. 

O advogado do rancho chegou a levantar a possibilidade de uma doença chamada PHF, que pode causar diarreia, inflamação nos cascos e até morte.  

A Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, confirmou mais de 30 casos da doença no Estado nos últimos 18 meses. Mas o Ministério da Agricultura reforça que todas as mortes confirmadas até agora têm relação com o consumo da ração da Nutratta. 

As investigações continuam. Técnicos do governo fazem exames, necropsias e visitas aos locais com registros de mortes. 

Quem tiver casos parecidos pode denunciar pelo site do Ministério da Agricultura. É importante informar o local, número de animais, número de mortes e o lote da ração envolvida. 

O Grupo EP aguarda um posicionamento da empresa. 

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