Mais um cavalo que vivia em cocheiras alugadas teve a morte confirmada na última quinta-feira, 27, em Indaiatuba.
Assim como os outros nove equinos que faleceram desde o final de abril, o animal era alimentado com a ração fabricada pela empresa Nutratta Nutrição Animal, que está sob investigação do Ministério da Agricultura e Pecuária.
As apurações constataram a presença do composto químico monocrotalina, que é altamente tóxico para diversas espécies.
O veterinário Nei Pereira explica que a substância é encontrada em plantas usadas na cobertura de solos, e que não faz parte da alimentação dos cavalos.
O especialista também explica que os sinais de intoxicação podem demorar a aparecer, de três a quatro meses após a primeira ingestão, em áreas como os rins e o sistema neurológico dos animais.
A reportagem do GrupoEP procurou a Nutratta para comentar a morte do cavalo nesta quinta-feira em Indaiatuba, mas não obteve retorno.
De acordo com o Ministério da Agricultura, pelo menos 30 casos associados à ingestão da ração fabricada pela empresa Nutratta já foram confirmados em todo o país.
Na última quarta-feira, começou a valer a proibição para o consumo da ração produzida pela companhia. Desde o dia 17, a comercialização de todos os lotes também está proibida em todo o território nacional.