A Prefeitura de Campinas negocia a doação do terreno onde hoje funciona o Departamento de Limpeza Urbana, no Parque Itália, para o Governo do Estado. Este é o local escolhido para o futuro Hospital Estadual de Campinas.
O anúncio foi feito pelo prefeito Dário Saadi (Republicanos), durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas na manhã desta quarta-feira, 23.
Atualmente, o local passa por um mapeamento altimétrico, que vai basear o projeto-executivo da obra, na futura licitação.

A construção do Hospital Metropolitano foi o centro da pauta da reunião dos gestores públicos da RMC, que debateram caminhos para aliviar o gargalo de atendimentos de média e de alta complexidade na região.
As ideias iniciais para o projeto incluem a abertura de 400 leitos, com foco no atendimento Adulto das áreas de Oncologia, Cardiologia e Ortopedia, as três que mais pressionam a rede pública de Saúde da RMC.
A reunião contou com a presença da secretária-executiva de Estado da Saúde, Priscilla Perdicaris, que estimou um prazo de dois anos para a conclusão do novo Hospital.
O tom da reunião, no entanto, não foi de consenso. Apesar de reconhecer a importância da construção do Hospital Metropolitano, o prefeito de Hortolândia, Zezé Gomes (Republicanos), fez duras críticas à demora por soluções mais imediatas para o atendimento em Saúde na RMC.
Zezé Gomes se queixou de não ter recebido a atenção necessária a estas demandas, em visitas recentes ao Palácio dos Bandeirantes.
Junto de outras estruturas já alocadas na região, como o Ambulatório Médico de Especialidades e o Hospital Mário Gatti, o novo centro de atendimento pretende desafogar estruturas como o HC da Unicamp, que vai manter sua vocação de acolher casos de alta complexidade. Foi o que explicou, em entrevista à CBN, o prefeito de Campinas, Dário Saadi.
O complexo deve ser segmentado em Clínicas Médica e Cirúrgica, um Hospital Dia, um Ambulatório, um Centro de Análises Clínicas e um Pronto-Atendimento.
Boa parte do projeto deve acompanhar o que já foi executado no Hospital Regional “Rota dos Bandeirantes”, inaugurado em Barueri.
Segundo o Governo de São Paulo, os hospitais públicos de Campinas atendem por meio da Região Administrativa de Saúde 15 – que abarca Campinas e o Circuito das Águas – e 16 – que inclui as regiões de Bragança e Jundiaí – aproximadamente 4,5 milhões de habitantes.