Funcionários e usuários do Serviço de Saúde Doutor Cândido Ferreira fizeram um protesto na manhã desta terça-feira em frente à Prefeitura de Campinas.
O grupo bloqueou uma faixa da Avenida Anchieta, por cerca de uma hora, em ato contra o impasse na renovação do contrato com a administração municipal, que afeta diretamente os serviços prestados pelos Centros de Atenção Psicossocial na cidade.
O contrato entre a entidade e a prefeitura deveria ter sido renovado em maio. A proposta do Cândido era de um reajuste de 23% no valor do repasse, subindo de pouco mais de R$ 6 milhões para R$ 7,4 milhões. A prefeitura, no entanto, ofereceu aumento de apenas 5%. Após readequações, a instituição propôs um reajuste de 16%, mas a administração manteve a proposta inicial.
A Justiça concedeu uma liminar garantindo a continuidade do contrato por seis meses, a partir desta terça-feira, até que as negociações sejam concluídas. A prefeitura informou que aguarda um novo plano de trabalho, a ser apresentado à Justiça, e afirma que os atendimentos seguem mantidos normalmente.
O serviço é responsável por cerca de 5,5 mil atendimentos de saúde mental por mês em Campinas, com atuação de aproximadamente 850 funcionários. Segundo o superintendente da instituição, a indefinição sobre o reajuste coloca em risco a continuidade do trabalho.