A Polícia Civil apreendeu centenas de garrafas de uísque e vodca em um galpão no distrito de Sousas, em Campinas, durante uma investigação conduzida pelo 12º Distrito Policial. A suspeita é de que o local funcionava como um ponto de lavagem de garrafas, que poderiam ser revendidas posteriormente para falsificadores de bebidas alcoólicas.
De acordo com o delegado titular do 12º DP, José Roberto Rocha Soares, o caso é investigado como crime contra a ordem econômica e de consumo, previsto no artigo 7º da Lei nº 8.137/1990, que tipifica condutas como vender ou manter em depósito produtos ou matérias-primas destinados à comercialização irregular.
No momento da operação, ninguém foi preso. A mulher apontada como proprietária do imóvel não estava no local, e duas adolescentes que se encontravam no galpão foram ouvidas, mas não apreendidas.
Ainda segundo o delegado, as garrafas apreendidas serão destruídas antes do descarte, para evitar qualquer possibilidade de reutilização indevida. Rocha Soares lembrou que casos recentes de falsificação de bebidas com uso de metanol provocaram mortes e internações graves em diferentes regiões do país, o que reforça a gravidade desse tipo de prática.
“Essas garrafas serão inutilizadas e destruídas para que não haja risco de voltarem ao mercado. Agora, o trabalho segue para identificar se havia ligação com grupos especializados na falsificação de bebidas alcoólicas”, explicou o delegado.
A Polícia Civil segue investigando a origem e o destino das garrafas, além de apurar se o galpão mantinha relação direta com redes de produção e distribuição de bebidas falsificadas.