Começou às 9h da manhã desta quarta-feira (19), o júri popular dos três homens acusados de assassinar a ex-vereadora Madalena Leite, em abril de 2021, em Piracicaba. O julgamento ocorre no Fórum da cidade.
Segundo o Ministério Público, o crime teria sido motivado por uma desavença entre Madalena e um ex-aliado no Centro Comunitário do bairro Boa Esperança. Após ser expulso da comunidade, ele teria planejado o ataque com apoio de outros dois suspeitos.
De acordo com a denúncia, no dia do assassinato os três acusados foram até a casa de Madalena. A ex-vereadora abriu o portão porque conhecia um deles. Ela foi imobilizada e atacada com golpes de facão dentro do imóvel, no Boa Esperança.
O corpo foi encontrado por um vizinho no sofá da sala, que acionou a polícia. No local, os agentes encontraram móveis revirados e um quadro com a foto da ex-vereadora quebrado.
Nove dias após o crime, os três suspeitos foram presos. Testemunhas relataram à polícia que um deles tinha desavenças com Madalena por disputa de liderança comunitária. O trio também era investigado por outro homicídio na região e foi preso com porções de drogas e objetos que, segundo os policiais, pertenciam à vítima.
Madalena Leite tinha 64 anos e foi a primeira vereadora travesti eleita em Piracicaba. Reconhecida pela atuação comunitária, ela foi eleita em 2012 com 3.055 votos. Em 2016, pediu afastamento por motivos de saúde e decidiu não disputar a reeleição.




