Um ano após a morte de Manuela, de 10 anos, em um acidente na piscina de um hotel em Campinas, a família da menina iniciou um movimento para evitar que outras tragédias como essa se repitam. Enquanto aguarda a conclusão das investigações, os pais apresentaram o Projeto de Lei Manuela, que prevê regras mais rígidas de segurança para piscinas de uso coletivo.
Manuela brincava na parte rasa da piscina no dia 23 de novembro de 2024, quando foi sugada pelo sistema de filtragem da cascata instalada no local. Segundo a família, o ralo não tinha o dispositivo de segurança adequado, e havia uma tampa improvisada no equipamento.
A menina foi retirada da água desacordada. Médicos que estavam hospedados no hotel prestaram os primeiros socorros, e a família relata que a atuação rápida deles permitiu que tivessem “mais alguns dias” com a filha.
O caso segue sob investigação e tramita em segredo de Justiça. Diante da demora na conclusão do inquérito, os pais decidiram concentrar esforços em um projeto de prevenção.
O Projeto de Lei Manuela determina que hotéis, clubes e condomínios instalem ralos anti-sucção e outros dispositivos de segurança em todas as piscinas de uso coletivo. Embora exista uma lei federal sobre o tema, a família defende uma regulamentação municipal para ampliar a fiscalização e orientar estabelecimentos sobre as exigências.
O Tribunal de Justiça informou que o processo corre em segredo e não pode divulgar detalhes.
Já a direção do Royal Palm Plaza afirmou que lamenta profundamente o acidente, se solidariza com a família e os amigos da menina e que desativou a cascata da piscina onde ela se afogou. O hotel disse ainda que colabora com a apuração e reforça o compromisso com protocolos de segurança, manutenção e treinamento das equipes.
