Sem quórum, vereadores adiam votação de CP contra Otto Alejandro (PL)

Foto: Reprodução/TV Câmara

A votação da abertura de uma Comissão Processante (CP) contra o vereador de Campinas, Otto Alejandro (PL), foi suspensa depois da falta de quórum no Plenário, na abertura das votações da Ordem do Dia nesta segunda-feira (17). 

A proposta foi protocolada na semana passada, por Adriano Vieira Novo, depois do registro de um boletim de ocorrência contra o vereador, no último dia 10, por agressão física e verbal a uma namorada.  

No documento a que a CBN Campinas teve acesso, a vítima afirma que os fatos aconteceram em 7 de novembro, quando teve sua residência invadida pelo vereador, que teria quebrado alguns objetos e levado uma televisão do local. 

A vítima também declara que “este não foi o primeiro episódio de agressão”, e que Otto Alejandro seria “usuário frequente de bebidas alcoólicas, o que o faria ficar muito alterado”. 

Durante o primeiro expediente, diversas vereadoras usaram a tribuna para repudiar as acusações que pesam contra o vereador

Entre elas, a vereadora Guida Calixto (PT), que lembrou do número de casos subnotificados de agressão contra a mulher no Brasil. “O Ministério da Mulher registrou 86 mil casos de denúncias de agressão só neste ano, de janeiro a junho. Isso corresponde a 17 denúncias por hora. Eu entendo que essa Casa tem que ter coragem de abrir uma comissão processante sim”, cobrou.

Integrante do mesmo partido de Otto Alejandro, o PL, a vereadora Débora Palermo disse estar envergonhada de integrar a mesma sigla do colega, e cobrou a adoção de medidas mais enérgicas contra o parlamentar. “Este show de horrores. Eu tenho vergonha de ter no quadro do PL um vereador como este. Eu acho que o PL tem que tomar providências. Não é o perfil do nosso partido, o PL é formado por gente do bem que defende a família, não por agressor de mulheres”, declarou.

Ainda no primeiro expediente, Otto Alejandro usou o tempo regimental para se defender. O vereador alegou inocência e afirmou que a vítima teria pedido a extinção da medida protetiva concedida a ela. “Respeito o processo sigiloso, mas a própria denunciante entrou com pedido de cancelamento da medida protetiva no dia 12. Havendo a concordância do Ministério Público e a decisão de arquivamento do próprio juiz. Já está nos autos do processo”, afirmou.

Depois do intervalo regimental, a sessão que havia iniciado com a presença de 16 vereadores, contava com apenas 15 parlamentares, o que configura falta de quórum para a continuidade dos trabalhos. 

O assunto deve ser pautado novamente na reunião ordinária prevista para acontecer nesta quarta-feira (19). 

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