O Conselho Universitário da Unicamp homologou o aumento de salários de 1,5% para docentes e funcionários da Universidade Estadual de Campinas. O reajuste fica abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, que foi de 2,95% em 2017. No final de maio, os trabalhadores da instituição entraram em greve, reivindicando aumento de 12,6%, de acordo com o Fórum dos Seis, que representa funcionários de universidades públicas paulistas. O reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, afirma que a instituição atravessa uma crise financeira e não seria possível oferecer um reajuste maior.
Para 2018, o orçamento da Unicamp prevê um déficit de cerca de R$ 240 milhões de reais. As universidades públicas recebem verba do Governo do Estado por meio do ICMS. Segundo o reitor, o valor repassado varia de acordo com a arrecadação estadual e a Unicamp precisa manter os serviços de saúde e ainda pagar funcionários ativos e também aposentados.
O Consu aprovou o aumento por 33 votos a favor e 21 contra. O reajuste de 1,5% vale para a Unicamp e também para as outras universidades estaduais, USP e Unesp.