As obras para implantação de pistas marginais na Rodovia Dom Pedro I, em Campinas, correm risco de nova paralisação no Trevo dos Amarais. Isso por causa de um impasse envolvendo parte do terreno federal que fica ao lado da pista no sentido Anhanguera. A área pertence ao CTI Renato Archer, e as tratativas foram parar na Justiça. A Rota das Bandeiras, concessionária responsável pelo Corredor Dom Pedro, pediu autorização para ocupar parte do espaço, e propôs que a União doasse ao Departamento de Estradas e Rodagem (DER). Porém, a liminar foi indeferida em agosto do ano passado.
Enquanto não há definição sobre a área, a concessionária avança com as obras no Trevo dos Amarais, mas há a possibilidade dos trabalhos serem paralisados no ano que vem, como explica o gerente de comunicação da Rota das Bandeiras, Stephan Campineiro. “Nós estamos avançando com as obras nos Amarais, mas a gente corre o risco de, no início de 2020, as obras serem paralisadas. Isso porque ainda não houve uma definição sobre a liberação”, afirma. O CTI estima que o valor do terreno seja de R$ 21 milhões. O objetivo das obras da Rota das Bandeiras é eliminar congestionamentos entre os bairros e a Dom Pedro, pois a região recebe cerca de 110 mil veículos todos os dias. A reportagem entrou em contato com o CTI Renato Archer, que não se manifestou até o fechamento da publicação.
Outra obra com dificuldade semelhante é a do Trevo da Rodovia Dom Pedro I, em Campinas, com a Rodovia Campinas-Mogi. Desde 2011, a obra do hipermercado Extra foi embargada diversas vezes, por determinação do Ministério Público. O empreendimento ficou conhecido como “aquele que nunca abre”, e a obra foi aprovada pela administração municipal passada, sem as contrapartidas necessárias. Enquanto isso, a Rota das Bandeiras deu continuidade aos trabalhos de remodelação do trevo do km 134 da Rodovia Dom Pedro I, totalmente custeado pela Concessionária. Essa obra está praticamente concluída há três anos, mas depende da execução de obras complementares que são responsabilidade do Extra, segundo Stephan Campineiro. “Existem algumas obrigações por parte do empreendedor. Foi feito um Termo de Ajustamento de Conduta. Mas a concessionária depende deles finalizarem as obras, para fazermos um encaixe com a rodovia”, disse.
Em nota, a assessoria do Grupo Pão de Açúcar informou que não há uma previsão para reabertura da unidade e que as questões estão sendo tratadas com os órgãos públicos. A Concessionária Rota das Bandeiras pretende também implantar pistas marginais na Rodovia Professor Zeferino Vaz. São 15km de marginais previstos no trecho, que vão do final do Tapetão, no entroncamento com Barão Geraldo, até o acesso à Replan.
