Dois meses após a retomada gradual das atividades nos shoppings de São Paulo, o faturamento dos lojistas está em torno de 30% a 40% do valor anterior ao início da pandemia. É o que mostram os dados da Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping, a ALSHOP.
O faturamento reduzido se deve às restrições de horário e receio do consumidor para voltar a comprar. Reflexo dessa situação, ao menos 24 mil vagas de trabalho foram extintas e 3.200 estabelecimentos fecharam as portas nos centros de compras.
Em conjunto com outras entidades ligadas ao comércio, a ALSHOP defende a ampliação do horário comercial, atualmente restrito a seis horas diárias. É o que explica o presidente da ALSHOP, Nabil Sahyoun.
Diante disso, a associação liderou a criação do Instituto Unidos Pelo Brasil, que integra outras 20 entidades e 60 empresários que apoiam a geração de empregos e renda neste momento de retomada.
Para Nabil, decisões nas mãos de prefeitos e governadores agravaram os prejuízos à economia.
Consumidores se habituaram às compras online. Para atrair público, os shoppings precisaram criar drive-thru e drive in. De acordo com uma pesquisa da FX Retail Analytics, a queda do fluxo de pessoas foi de 75% em junho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2019.
Em maio, quando todo o comércio não essencial estava fechado, a queda foi de 90%. Em julho, com a flexibilização, o aumento foi de 126% se comparado com maio e junho.