Depois das Fake News, que interferiram em eleições passadas, a preocupação agora é com as chamados deepfakes. A modalidade, já é conhecida, porém, vem ganhando cada vez mais evidência nas redes sociais. Ela consiste em vídeos ou fotografias criados com a tecnologia de inteligência artificial para manipular ou produzir imagens credíveis de situações que nunca aconteceram. As montagens têm como objetivo enganar o receptor.
O advogado, Fabrício Posocco, cita como exemplo uma imagem do Governador de São Paulo, João Dória, em situação constrangedora com cunho sexual, que circulou durante a última campanha eleitoral. O advogado lembra que assim como a Fake News, o método deepfakes traz risco para a sociedade é considerado crime. De acordo com ele, a pedido do Tribunal Superior Eleitoral, as empresas que controlam as redes sociais tem criado ferramentas para detectar e evitar a propagação de videos, imagens e mensagens falsas durante o período eleitoral.
Entre os exemplos para barrar as Fake News e as deepfackes, o advogado cita a restrição do envio de mensagens criada pelo Whatsapp, o cancelamento de perfis falsos no Facebook e Instagram e mensagens deletadas pelo Twitter.
Para a eleições deste ano ele espera que as campanhas sejam baseadas em ideias e não ladeadas por imagens ou mensagens falsas. Em sua opinião, os artifícios virtuais destroem a consciência política da sociedade na análise das propostas de cada candidato. O advogado lembra que quem for vítima deve registrar em cartório de notas uma Ata Notarial, onde arquivos audiovisuais são registrados e posteriormente Boletim de Ocorrência, na Policia Civil. A esperança dele é que o processo eleitoral corra dentro da normalidade e ordem necessária.