Voluntários que participaram da pesquisa da CoronaVac, no Hospital de Clinicas da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, ainda não sabem se durante a pesquisa foram imunizados ou não.
O médico pediatra, Silvio José Morelli, é um deles. A informação é que após a liberação da vacina, que ocorreu no último, dia 10, os voluntários seriam chamados e avisados se haviam tomado durante a pesquisa a vacina ou o placebo.
O médico explicou, também, que entrou em contato com o grupo da Unicamp, mas, a única informação foi que os eles serão chamados, porém, não há uma data especifica.
O problema, segundo o médico, é que se saber se foi ou não imunizado, não pode receber a dose da vacina que já está disponibilizada para os profissionais que trabalham na linha de frente, atendendo os pacientes da Covid-19.Para ele o que está ocorrendo é uma verdadeira falta respeito com os voluntários.
Segundo o coordenador de assistência do Hospital das Clinicas da Unicamp, Plínio Trabasso, a quebra do cegamento tem que ser autorizada pelo Instituto Butantan. Ele acredita que alguns voluntários já foram avisados e garante que todos que receberam o placebo serão imunizados.
O problema enfrentado pelos voluntários que participaram da pesquisa da CoronaVac na Unicamp, se repete Instituto de Infectologia Emilio Ribas, São Paulo. O Instituto Butantan informou que havia solicitado, na semana passada, ao Conselho Nacional de Ética em Pesquisa, o Conep, a quebra de sigilo do estudo clínico, mas somente na ultima quarta-feira recebeu aval da Anvisa para isso. Agora fica a cargo dos Centros de Pesquisa chamar individualmente cada um dos voluntários para informar se já estão imunizados ou se receberam o placebo. Neste caso a vacina para eles está reservada. No Brasil, mais de 2 mil voluntários em oito Estados participaram da pesquisa da CoronaVac.