A burocracia impede o início mais rápido da vacinação de crianças contra a covid-19 em Campinas. A prefeitura planejava começar a aplicação e aproveitar o Dia D, este sábado, para imunizar também a faixa etária entre 5 a 11 anos. Inclusive, 7 postos de saúde estavam disponíveis para o publico.
Mas apesar das doses pediátricas terem chegado pelo Aeroporto de Viracopos, em Campinas, o fármaco precisa ser levado ao Centro de Distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos. Lá, passa pela inspeção, e a partir de concluídos os trâmites burocráticos, a vacina é distribuída aos Governos de cada estado. Então, a secretaria estadual desenvolve a logística do envio com as cidades.
Todo esse mecanismo levou Campinas a desistir do final de semana e já repensar o começo do processo de vacinação infantil entre esta segunda ou terça. A diretora do departamento de vigilância em saúde de Campinas, Andréa Von Zuben, espera ao longo da semana abrir o agendamento para as doses pediátricas.
No último balanço divulgado sobre a ocupação de leitos em Campinas, a cidade teve um aumento nos internados em UTI. No dia 5 de janeiro eram 11 pessoas em unidades de terapia intensiva. O número saltou para 29. E de acordo com a diretora de vigilância em saúde, Andrea Von Zuben, as crianças estão sendo mais acometidas.
Sobre a vacina pediátrica da Pfizer, ao todo, o Brasil deve receber 4 milhões e 300 mil doses em janeiro. Para fevereiro, a expectativa é de mais 7 milhões e 200 mil doses e, em março, mais 8 milhões e 400 mil estão previstas. O esquema vacinal para crianças é composto por duas doses com intervalo de oito semanas.