Com cerca de 700 cirurgias remarcadas no Hospital de Clínicas da Unicamp, o superintendente da unidade, João Batista de Miranda, teme que a paralisação dos funcionários piore ainda mais a situação. Os procedimentos começaram a ser reagendados nos últimos 30 em decorrência de problemas nos equipamentos de esterilização, que já foram trocados.
Mas a preocupação é que a normalidade no hospital ainda demore a ser retomada devido ao fechamento de salas do centro cirúrgico promovido pela greve dos trabalhadores da universidade. Nesta terça-feira, por exemplo, pelo menos 30 por cento das atividades do setor foram paralisadas e a previsão é que duas salas permaneçam fechadas. Por esse motivo, segundo o superintendente, o comando do movimento já foi informado sobre a situação. A expectativa é que os trabalhos no local sejam normalizados nos próximos dias.
A previsão dos trabalhadores, no entanto, é que a redução de 30% no efetivo seja aumentada gradualmente até chegar a 70%. A decisão foi tomada em assembleia. Os funcionários da Unicamp entraram em greve no dia 23 de maio, após a decisão do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas de não conceder reajustes nos salários.