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Alunos mantém ocupação ao prédio de escola em Campinas

Ocupação na escola Carlos Gomes
Estudantes ocupam escola Carlos Gomes, em Campinas

Os alunos da Escola Estadual Carlos Gomes, em Campinas, seguem com a ocupação iniciada da manhã de terça-feira. As aulas no colégio estão suspensas, uma vez que os alunos estão controlando o portão, e não estão permitindo a entrada de outros estudantes.

Vinicius mello, estudante do terceiro ano do ensino médio, passou a noite e a madrugada de terça para quarta-feira na escola. Ele conta como foi a primeira noite da ocupação. “Foi difícil, estávamos em poucos, enfrentamos ameaça de alunos contra o movimento, chuva… Eu dormi apenas meia hora. Estamos cansados, mas não iremos sair daqui sem que ao menos metade de nossas reinvindicações”.

O Professor Sérgio Teixeira, da Apeoesp, afirma que a ocupação tem apoio da entidade, uma vez que as pautas dos alunos são as mesmas dos professores, pois eles também serão afetados com a reorganização escolar. “Muito importante o que eles estão fazendo pois é um grau de discussão política muito grande. Eles estão em defesa da escola, contra um projeto de fechamento de escolas. Em Campinas fechou só uma escola por inteiro, mas foram mais de 40 ciclos que estão fechando, mais de 60 períodos em 30 escolas diferentes”.

Os alunos possuem duas pautas de reinvindicações: uma interna, e uma com reinvindicações gerais. Na pauta interna, pedem a criação do grêmio estudantil, o que é garantido por lei, e estaria sendo barrado pela diretora; o não-fechamento do ensino noturno, do EJA, e do ensino fundamental na unidade; flexibilização do horário de entrada com tolerância de 15 minutos; maior transparência nos gastos da escola e fim da repressão às vestimentas.

Na pauta geral, pedem que não ocorra o fechamento de escolas, ciclos e turnos; a contratação de mais professores e funcionários públicos; maior democracia, com grêmio livre; limite de 25 alunos por sala de aula; e que não haja corte de verbas na educação.

Nivaldo Vicente, Dirigente da Diretoria de Ensino Regional Leste de Campinas, vê o movimento como legítimo. Ele conta que as unidades invadidas no estado estão sem aula, por isso serão consideradas em recesso. Com isso, essas aulas serão repostas posteriormente. Ele ainda afirma “que a diretoria de ensino está aberta ao diálogo, e que é possível sim atender algumas das demandas dos estudantes, especialmente as internas”.

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