A morte do hipopótamo fêmea que vivia no Bosque dos Jequitibás, em Campinas, neste final de semana foi lamentada pelos frequentadores do local. O animal, que se chamava Carioca, já estava em idade avançada e foi vítima de tumores no rim e no fígado, além do mau funcionamento dos demais órgãos. Ela vivia no bosque desde 1986 e tinha 47 anos. A expectativa de vida em cativeiro da espécie é, em média, 35 anos. Aurora Bueno é frequentadora do bosque e disse que Carioca era uma das principais atrações do local e que vai fazer falta, principalmente para as crianças.
A partir de agora, o Bosque dos Jequitibás conta somente com um macho da espécie, que se chama Dinho, e que vivia em um tanque separado da fêmea. Carioca deu cria a dois filhotes, mas por falta de espaço, eles foram emprestados para zoológicos de outras cidades. Porém, a secretaria de serviços públicos de Campinas informou que a administração não deverá adquirir uma nova fêmea da espécie. Essa notícia desagradou Anderson Silva Correa, que também é frequentador do bosque e que acredita que, aos poucos o local vai perdendo sua identidade.
No período em que viveu no Bosque, Carioca dividiu o espaço com o hipopótamo Bobolucho por 20 anos, até o final de junho de 2006, quando o macho da espécie morreu, também vítima de tumores.
