O Ministério Público do Trabalho considera insuficientes as alternativas apresentadas pelas empresas do Transporte Municipal de Campinas para acabar com a dupla função dentro dos ônibus. Neste início de março, o procurador Silvio Beltramelli Neto, apresentou sugestões para solucionar o problema. Elas foram registradas em um despacho judicial.
Desde a extinção da função de cobrador, desde o final de 2014, além de dirigir, os motoristas acabam tendo que receber o dinheiro das passagens. Para o MPT, isso coloca o profissional e os passageiros em risco.
As empresas apresentaram como solução a implantação de terminais ATMs e de um aplicativo por celular para recarregar cartões de passe, podendo pagar através de cartões bancários. Após solicitação da Procuradoria, elas chegaram a informar que compraram 20 terminais e pediram um prazo para a aplicação.
No entanto, para o Procurador, isso não vai acabar de forma definitiva com o dinheiro dentro dos veículos. Por isso, ele listou três iniciativas para a eliminação total da cobrança de passagens pelos motoristas, se baseando no que foi feito em Jundiaí: a instituição do Bilhete único (já presente em Campinas); o pagamento com cartão bancário na própria roleta de cada um dos ônibus – podendo o passageiro realizar o procedimento sozinho e por fim, para que só tiver dinheiro, a viagem desse passageiro acontece pela parte da frente, descendo em terminal, para pagar a passagem em uma cabine.
O despacho é do dia 03 e as empresas têm 15 dias para se manifestarem sobre as propostas.
