O dinheiro apreendido na operação do Gaeco que resultou na prisão de sete pessoas, entre elas policiais civis, pode estar ligado com o roubo na empresa Protege, em Campinas, segundo o Ministério Público. O valor de R$ 410 mil foi encontrado com um dos investigadores detidos e o modo como o dinheiro estava acondicionado é exatamente igual ao utilizado por empresas de transporte de valores. Segundo o Ministério Público, ainda não é possível afirmar se há relação com o roubo registrado na sede da empresa, no bairro São Bernardo, no dia 14 de março, mas a suspeita será investigada, como afirmou o promotor do Gaeco, Amaury Silveira Filho.
O investigador que mantinha a quantia foi preso em flagrante e vai responder por receptação. Ele não soube informar qual a origem do dinheiro. Além dele, os demais policiais presos participavam das investigações do roubo a Protege.
A operação do Gaeco começou na manhã desta terça-feira, quando quatro investigadores da Polícia Civil, um advogado e um receptador foram presos, suspeitos de fazer vistas grossas durante as investigações de crimes. Três investigados, entre eles um escrivão e um delegado do 4º Distrito Policial de Campinas, não foram encontrados pelo Gaeco. No final da tarde, o escrivão se entregou na sede da corregedoria da Polícia Civil em Campinas. O advogado José Pedro Said Júnior, que representa um dos suspeitos detidos informou que todos os envolvidos negaram qualquer tipo de participação no esquema.
Já o advogado, David Martins, que representa o delegado investigado afirmou que seu cliente se entregaria às autoridades ainda na noite desta terça-feira. Até o fechamento da reportagem, não havia a informação se ele tinha sido preso.
