Os servidores municipais de Campinas estão em estado de greve. A decisão foi tomada em assembleia realizada na noite desta quarta-feira. Segundo o coordenador do sindicato da categoria, Jadirson Tadeu, a medida simboliza um alerta para a continuidade das negociações.
A entidade espera a divulgação dos dados do Dieese e outras reuniões com a Prefeitura, mas estabeleceu o pedido de aumento salarial em 23%. Além do reajuste nos vencimentos, o sindicato ainda reivindica melhores condições de trabalho e revisão de planos de cargos e de carreiras.
Melhorias no auxílio nutricional e no vale alimentação também estão na pauta, que só deve entrar na discussão financeira no início de maio. Até o momento, de acordo com Jadirson Tadeu, as três mesas de negociação com o Executivo abordaram somente os itens gerais.
O sindicato espera a divulgação do índice de inflação do Dieese nos próximos dias. Os dados vão nortear a categoria na campanha salarial. A expectativa da entidade é de que a lei eleitoral, que impede aumentos reais de salário 180 dias antes da eleição não seja usada pela Prefeitura.
Jadirson diz que se baseia na reposição inflacionária anual e não quadrimestral, como aponta o Tribunal de Contas em ano eleitoral. O sindicato dos servidores ainda afirma que teve que recorrer à Justiça para que as negociações fossem abertas com a Prefeitura. A Administração Municipal foi procurada para comentar a decisão da categoria, mas não respondeu até o momento.