Entre janeiro e julho deste ano, o número de policiais civis presos aumentou 35%, no comparativo com o mesmo período do ano passado.
O levantamento foi feito pelo site “Fiquem Sabendo”, com base em dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado, através da Lei de Acesso à Informação.
Na região de Campinas, houve prisões destes profissionais, inclusive de um delegado e um chefe de investigação. Para o especialista em segurança pública, Ruyrillo Magalhães, o problema está na desvalorização da polícia civil. Nós questionamos se o número refletia mais investigação, ou mais corrupção na categoria.
Em agosto, três dos policiais civis de Indaiatuba foram presos durante cumprimento de mandados, entre eles o chefe de investigação da cidade. Um escrivão também foi detido em flagrante com drogas. Segundo o Ministério Público, eles teriam envolvimento com tráfico.
Em Campinas, em abril, quatro dos investigadores foram presos em Operação do Gaeco. Eles participavam das investigações do roubo à Protege, que ocorreu na cidade no mês de março. Com um deles, houve a apreensão de grande quantidade de dinheiro, que seria da empresa de valores. Houve ainda as prisões de um delegado e um escrivão que teriam praticado extorsão. O especialista em segurança, Ruyrillo Magalhães, reforça a gravidade da corrupção dentro da Polícia Civil.
Por nota, a Corregedoria da Polícia Civil informou que os quatro policiais de Indaiatuba acusados de associação ao tráfico de drogas, tiveram prisões renovadas, com prazo até meados de outubro. Os policiais acusados de envolvimento no roubo à Protege continuam detidos.
A Secretaria de Segurança Pública esclarece que toda suspeita de desvio de conduta é apurada com rigor e punição. Ressalta que esses desvios são exceção dentro da instituição e que os casos expostos na reportagem mostram o trabalho da Corregedoria.