Faltam ingredientes para a merenda na Creche Municipal Ruy de Almeida Barbosa, no Conjunto Habitacional Parque Itajaí, em Campinas. A reclamação é dos pais das crianças, que se preocupam também com a qualidade dos alimentos servidos todos os dias no local. A lista de itens básicos que não foram entregues inclui sal, ovos e óleo. Mas o prazo de validade de outros produtos também é um problema.
É o que contam Ana Paula Gomes e Gislaine Santos, mães de alunos. Elas enumeram as dificuldades enfrentadas dentro da unidade. Para evitar a falta de alimentação e com receio de intoxicação pelo consumo de alimentos estragados, os pais se mobilizam. Acompanhando as atividades nos primeiros dias de volta às aulas, Ana Paula acredita que as mães terão que complementar o cardápio.
Mas além da creche, a Escola Estadual Ruy Rodrigues, no mesmo quarteirão, também registra a falta de ingredientes para merenda. É o que denuncia a coordenadora estadual do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, o Apeoesp, Solange Loureiro. Ela explica que o fornecimento é feito pela Prefeitura de Campinas e que a situação afeta muitos jovens que necessitam da alimentação na escola.
A Secretaria Municipal de Educação foi questionada e enviou nota alegando que três dos 114 itens – sal, alho e óleo – estão sendo repostos. O comunicado diz que o óleo seria entregue nesta quarta, mas não deu prazo sobre o restante e nem detalhes sobre outros ingredientes da lista. Alega ainda que não houve queda na qualidade, porque foram usados produtos com o mesmo valor nutricional. O óleo deu lugar à manteiga. Por fim, a Pasta alega ainda que algumas escolas também optaram por adquirir os ingredientes da lista com a verba do Conta-Escola.
