Todos os hospitais maternidades que atendem o SUS, em Campinas, funcionam com capacidade da UTI Neonatal no limite ou com superlotação.
No Celso Pierro são 15 leitos, todos ocupados. Na Maternidade de Campinas, 22 vagas, todas com pacientes.
A situação mais crítica é do Caism da Unicamp que neste início da semana comunicou o fechamento da internação para pacientes na Unidade de Terapia Intensiva e de Cuidados Intermediários, por questão de segurança.
São 30 leitos, mas no sábado chegou a 41 bebês internados.
Sérgio Marba, Diretor da Divisão de Neonatologia atualizou o cenário nesta quarta-feira, ainda com superlotação, principalmente de pacientes mais graves.
Apesar da situação crítica no Caism, a forma como o fechamento foi comunicado é questionada pelo presidente da Maternidade de Campinas, Carlos Eduardo Martins Ferraz. Segundo ele, não teve como os outros hospitais se preparem.
O diretor da Divisão de Neonatologia do Caism, por sua vez, disse que a Central de Regulação de Vagas foi comunicada e que caberia a ela, repassar aos hospitais a situação.
Na avaliação dele, o déficit de vagas neonatal na região chega a quase 50%. A expectativa é que a situação seja normalizada no Caism, até o final desta semana.
Na maternidade de Campinas que atende 60% dos casos, o presidente nos disse que um agravante é a demanda de cidades vizinhas.
Com o fechamento no Caism, o reflexo é em mais demora no atendimento e em riscos aos pacientes, como explica Ferraz.
Em nota, a prefeitura de Campinas disse que as instâncias municipal e estadual estão organizando o sistema para garantir assistência a todos e que a acesso a cada unidade é feito de acordo com a disponibilidade.
Explica que atualmente estão sob a gestão municipal 34 leitos de UTI neonatal e 21 de cuidados intermediários no Celso Pierro e na Maternidade. Garante que todos os bebês serão atendidos.
