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Presidente do Boldrini rebate acusações do Ministro da Saúde sobre compra de medicamentos

Depois que o Ministro da Saúde, Ricardo Barros afirmou que a presidente do Centro Boldrini de Campinas, Sílvia Brandalise, teria algum interesse na compra do medicamento Anginasa, usado no tratamento de leucemia, a médica rebateu as acusações e garantiu que busca remédios que tenham comprovação de eficácia. A polêmica se arrasta desde o ano passado, quando o Governo Federal deixou de comprar a Asparaginase alemã, até e então usada pelo hospital e passou a fornecer a chinesa Leuginase.

Estudos encomendados pelo próprio Boldrini indicaram que 40% do produto está contaminado por proteínas, o que, segundo especialistas, não garante a eficiência do remédio. O hospital de Campinas recusou usar a Leuginase em seus pacientes e buscou, por conta própria, recursos para comprar o medicamento alemão, que custa R$ 6 mil por frasco. O Boldrini entrou com uma ação e em novembro a justiça decidiu pela aplicação de uma multa diária de R$ 100 mil ao Ministério da Saúde, que até então não havia entregado a Asparaginase. Por fim, a importação da Leuginase foi proibida pela justiça brasileira e o Governo Federal realizou um novo pregão, que aprovou a compra de outro medicamento chinês, o Leucospar.

Imediatamente, a presidente do Boldrini voltou a criticar a postura do Ministério da Saúde. No último dia 04, em entrevista à CBN, o ministro Ricardo Barros disse que a médica teria algum interesse na compra do medicamento alemão pelo Governo Federal, já que ela criticou todos os remédios que foram buscados como alternativa. Em resposta, Sílvia Brandalise garantiu que seu interesse é por um medicamento eficaz, que auxilie no tratamento das crianças com câncer e que ajude colocar fim ao sofrimento de centenas de pacientes.

O Ministério da Saúde informou que a compra dos medicamentos sempre seguiu os mesmos critérios técnicos e embasamentos científicos. O Ministério esclareceu também que o produto distribuído pela pasta contém o princípio ativo L–asparaginase, com atividade comprovada por seis diferentes laboratórios.

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