Desde o último dia 31, os fabricantes estão autorizados a aumentar o preço dos medicamentos em até 2,84%, dependendo do perfil de concorrência da substância. As primeiras informações dão conta que os remédios estão, em média, 2,43% mais caros neste começo de abril. E num momento de desemprego alto e de incertezas sobre os rumos da economia, a população de Campinas critica o reajuste aplicado.
Valderez Bueno ganha um salário mínimo por mês e tem um custo mensal de R$ 1 mil com medicamentos. Ela questiona porque o salário dos trabalhadores não reajusta no mesmo índice de produtos necessários, como remédios e alimentação. Elaine Lopes cuida do pai, que precisa tomar alguns medicamentos. Parte deles, ela consegue de graça nos postos de saúde. Mas o restante tem de ser comprado nas farmácias e os preços cobrados representam um impacto muito grande no orçamento familiar.
O aumento dos medicamentos neste ano ficou abaixo da inflação oficial de 2017, que teve o índice de 2,95%.