A Polícia Civil de Campinas identificou e já ouviu o suspeito de ter feito pichações racistas, além de ameaças de morte em quatro departamentos da Unicamp. O homem tem 29 anos e é ex-aluno da universidade. Segundo a declaração de familiares, ele sofreria de esquizofrenia, mas teria abandonado o tratamento há alguns anos. Um dos alvos do suspeito foi a Biblioteca Antonio Candido, onde pichou mesas e telas de computador com suásticas, slogans racistas, além de relembrar o massacre de Columbine, ocorrido em uma escola dos Estados Unidos e que terminou com 15 mortos.
A polícia chegou até o homem depois que a universidade divulgou sua imagem, captada pelas câmeras de monitoramento da biblioteca. Durante o depoimento, ele permaneceu em silêncio. Familiares do suspeito disseram que ele foi diagnosticado com esquizofrenia e o delegado responsável pelo caso, Cássio Vita Biazolli, disse que fez um pedido de verificação da insanidade mental do acusado.
O suspeito ingressou em três cursos da Unicamp: em estatística, em 2008, matemática computacional, em 2009 e engenharia da computação, em 2011. Ele não concluiu nenhuma das faculdades e foi jubilado da universidade no ano passado. O reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, garantiu que depois deste episódio, houve um reforço na segurança patrimonial da universidade.
A polícia vai aguardar a realização do exame de sanidade mental do suspeito para dar prosseguimento ao inquérito. Se ele for considerado capaz, deverá responder por dano qualificado de patrimônio público, que poderá render até três anos de prisão. A polícia informou ainda que o suspeito não tem histórico de violência.