A Região Metropolitana de Campinas fechou o mês de outubro com criação de 1.371 novos postos de trabalho. No entanto, que o crescimento na oferta de vagas na região é menor se comparado a setembro, quando houve um saldo de 1.624 colocações. A análise do Observatório PUC-Campinas aponta que este foi o segundo mês consecutivo de queda.
Para a economista da PUC Campinas, Eliane Navarro Rosandiski, o momento é consequência das incertezas ainda presentes no país. Ela explica que mesmo com um desfecho nas urnas, é ainda previsto um período de estagnação causado por indefinições políticas e econômicas em relação a troca de comando no País.
Apesar dos números desfavoráveis para a RMC, Eliane destaca o Município de Campinas, que se recuperou no levantamento de outubro, com a criação de 594 postos , após ter obtido resultado negativo em setembro, com apenas 29 novas ocupações. Outros destaques no período foram as cidades de Santa Bárbara D’Oeste, com criação de 262 postos de trabalho, Paulínia, com 191 e Americana, com 147.
O resultado negativo na região foi puxado por cidades como Jaguariúna, que teve queda de 216 postos de trabalho, e Monte Mor, com queda de 123 vagas. A expectativa é de crescimento em novembro e dezembro por causa da contratação de temporários. No entanto, o período é considerado sazonal e seguido de demissões, de acordo com a economista.
As oportunidades se concentraram nas atividades de serviços e comércio, que possibilitaram a inserção de 1.738 pessoas no mercado de trabalho. Por outro lado, o segmento da Construção Civil e a Indústria de Transformação foram responsáveis por reduzir o saldo de empregos na região em razão do desligamento de trabalhadores.