O conteúdo das oitivas de Daniel Câmara e Ronaldo Pasquarelli na Comissão Processante da Câmara de Campinas pode não ser divulgado em tempo real. O presidente da CP, Luiz Henrique Cirilo, do PSDB, diz que a medida deve ser adotada para preservar as testemunhas. Eles são delatores do Caso Ouro Verde.
Ligados à ex-gestora do hospital municipal, os dois assinaram acordo com o Ministério Público e também não terão as imagens dos rostos divulgadas. O relato de ambos será ouvido de portas fechadas, somente com a presença da comissão, da acusação e da defesa. Celulares não serão permitidos na sala.
A decisão sobre os áudios será tomada após a deliberação dos vereadores da CP. Eles vão se reunir antes dos depoimentos, marcados para esta quinta-feira. A data foi definida após novo adiamento. O motivo da remarcação, aliás, foi o envio de documentos por parte dos promotores do Gaeco do Ministério Público.
De acordo com Cirilo, a mudança foi necessária porque essas cópias da investigação sobre o escândalo de corrupção não estavam com a comissão. Por conta disso, abriu vista às partes para dar divulgação sobre o conteúdo e para que não houvesse questionamento ou qualquer risco de nulidade.
Antes de Câmara e Pasquarelli, que falam a partir das 14h desta quinta, quem depõe às 9h é Maurício Rosa, também considerado peça-chave pela acusação. Conforme a apuração do MP, Rosa foi contratado como comissionado para ser uma espécie de “Plano B” e obter mais recursos do Hospital Ouro Verde.