A implantação dos corredores de ônibus do BRT na Avenida John Boyd Dunlop, entre o Jardim Florence e o Satélite Íris I, em Campinas, deve ser concluída com atraso. Prometido para ser entregue em seis meses, o trecho está em execução.
As obras foram iniciadas no dia 6 de agosto de 2018, mas por enquanto não indicam estar próximas do fim. E quem mora ou trabalha na região sente os impactos, já que o trânsito e o trajeto de pedestres foram totalmente alterados.
Entre os comerciantes, a reclamação é sobre o reflexo nas vendas devido à dificuldade no acesso. Cláudia de Oliveira trabalha em uma loja de conserto de eletrônicos e estima queda de até 50% no movimento nos últimos seis meses.
Alvino Siqueira tem uma banca na esquina da Rua Álvaro Siqueira Leite, às margens da John Boyd. Ele diz acompanhar os trabalhos de construção do trajeto do sistema BRT desde o início e reclama do que considera um atraso.
O trecho em execução tem indícios de etapas concluídas. Um exemplo é o pavimento no trajeto que será usado pelos ônibus do transporte coletivo. Até o momento, porém, não há sinal das estações a serem usadas pelos passageiros.
As vias centrais nos dois sentidos seguem cercadas e com passagem para pedestres em determinados pontos. Montes de pedra e areia podem ser vistos por toda essa região, assim como as máquinas usadas na execução do trabalho.
Recém-eleito presidente da Comissão de Mobilidade da Câmara Municipal, o vereador Carmo Luiz, do PSC, quer acompanhar o cronograma das obras e quer ouvir o secretário de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro.
A Emdec respondeu em nota que “o atraso ocorreu por conta de redes e adutoras presentes no local” e alegou que conclusão está prevista para os próximos meses. Porém, não deu uma previsão e não especificou alguma data.
O comunicado justifica ainda que a “maior parte das obras no local já está concluída, mas um pequeno trecho próximo ao viaduto da linha férrea” ainda é executado. Por fim, diz que a população do entorno já foi orientada.
