Uma funcionária contratada há 26 anos como faxineira pela Câmara de Campinas recebe atualmente um salário bruto de R$ 19 mil. Cristina Célia da Costa Pereira foi efetivada em 1993, durante a gestão de Marquinho Chedid. Na época, o então presidente da Casa assinou a efetivação de comissionados para o chamado quadro suplementar de servidores, com carga horária de 30 horas semanais, jornada que voltou ao centro do debate nas últimas semanas.
Isso porque um projeto de lei que tramita para ser votado no Legislativo propõe, sem perdas salariais, a redução do período de trabalho dos demais servidores de 40 para 35 horas semanais para esse ano. E para 30 horas a partir de 2020. Enquanto a proposta é discutida, a funcionária com vencimentos brutos de R$ 19 mil segue atuando na Câmara. Mas atualmente foi desviada de função e ocupa um cargo na área administrativa, mais especificamente no protocolo.
A assessoria da Casa não soube informar quando a alteração aconteceu, mas o que se sabe é que na época da transferência o Legislativo, que antes ficava do prédio da Prefeitura, já funcionava no endereço atual, na Avenida da Saudade. A mudança de endereço aconteceu em 2006. Atualmente, a Câmara tem um contrato com uma empresa que presta o serviço de limpeza. O contrato no valor de quase R$ 684 mil teve início em 2017 e possui 16 trabalhadores alocados.
A assessoria da presidência disse que consta o cargo de faxineira porque esta é a função pela qual a funcionária adentrou oficialmente o quadro de servidores, há três décadas, e no qual adquiriu os vencimentos legais aos que tem direito.
