Conforme um levantamento do Ministério de Saúde, 19,3% dos motoristas das capitais brasileiras reconhece que usa o celular enquanto dirige. O resultado indica que um em cada cinco indivíduos assume o risco de acidentes de trânsito em ruas, avenidas e rodovias pelo Brasil.
E em Campinas, terceira cidade paulista mais populosa e 14ª do País, uma observação atenta comprova que a prática também é comum. No centro, mais precisamente no cruzamento entre as avenidas Benjamin Constant e Anchieta foram três flagrantes em 10 minutos. Em um posto de combustíveis próximo, a opinião de quem conversou com a reportagem é sincera. Todos já usaram ou viram alguém usar.
A divulgação do dado nacional inédito é do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico. A pesquisa é anual. Nesta edição, foram entrevistadas por telefone mais de 52 mil pessoas maiores de 18 anos, entre fevereiro e dezembro de 2018.
Entre os resultados, o indicador de que jovens entre 25 e 34 anos representam 25% dos entrevistados que assumiram o comportamento arriscado. Outra conclusão aponta que 26% dos participantes que reconheceram a prática possuem maior escolaridade, com 12 anos de estudo ou mais.
O diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, José Aurélio Ramalho, alerta que a realidade é ainda mais grave. As capitais que apresentaram maior percentual de uso de celular por condutores foram Belém, com 24,1%, e Rio Branco e Cuiabá, com 24%. Já as capitais com menor uso de celular durante a condução do carro foram Salvador, 14,2%, Rio de Janeiro, 17,2%, e São Paulo, com 17,4%.
