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Pacientes de Policlínicas de Campinas sofrem com demora e infraestrutura

Foto: Valéria Hein

A assinatura da ordem de serviço para o início das obras da nova sede da Policlínica II foi recebida com alívio pelos usuários da unidade de saúde, que atualmente funciona na Av. Campos Salles.

Por ser muito antigo, o prédio tem problemas estruturais, como falta de manutenção na pintura e mobiliário, problemas nas redes elétrica e hidráulica, elevadores sem manutenção e problemas de acessibilidade.

Jair Ferreira dos Santos considera estar mais do que na hora da mudança para a Avenida Francisco Glicério, no prédio que foi doado pelo Governo Federal e que já deveria estar funcionando desde fevereiro.

São 6 andares divididos por especialidades médicas, com muita movimentação de pacientes entrando e saindo o tempo todo. Atualmente são atendidos na Policlínica 2 entre 250 e 350 pacientes por dia. E só há um elevador funcionando.  Com isso, é comum ver idosos e pessoas com mobilidade reduzida esperando até 10 minutos pelo elevador, como relata a paciente Ivani Alves de Sousa.

A outra opção é a policlínica I, que fica no bairro Jardim Guanabara na Rua Conego Nery, 157. Para funcionar no local, a prefeitura paga um aluguel mensal de 24 mil reais, de acordo o portal de transparência.

Apesar da boa estrutura do prédio, os pacientes atendidos na Policlínica I reclamam da demora para conseguir agendar consultas e exames médicos. Luciana Oliveira relata espera de 2 meses para uma consulta.

Roberta Silva Gonçalves, mesmo com gestação de alto risco, teve que esperar 1mês para ser consultada na Policlínica I. Além da dificuldade para conseguir consulta, Carlos Edilberto conta que precisou pagar uma clinica particular para os exames médicos da esposa, por causa da indisponibilidade de datas na rede pública municipal.

Resposta da Secretaria de Saúde:
As grávidas de alto risco são atendidas no município de Campinas no Hospital da PUC-Campinas, Caism da Unicamp e Policlínica 1. Os agendamentos de consulta na Policlínica 1 são feitos de acordo com o caso de cada paciente, levando em conta o risco e o tempo de evolução da gestação. As gestantes passam por consultas mensais e, com a evolução da gravidez, as consultas são mais constantes, chegando a ocorrer uma vez por semana e até com mais frequência, dependendo do caso. A Policlínica também faz acolhimento para gestantes em acompanhamento na própria unidade que podem ser atendidas antes da data marcada caso tenham alguma intercorrência. Já os casos de urgência podem ser atendidos nas unidades de prontos-socorros ginecológicos. Com relação aos exames, a Secretaria informa que as gestantes de alto risco têm prioridade para realização de exames laboratoriais. Os exames de imagem, por sua vez, são feitos também levando em conta o risco e idade gestacional e sem que nenhuma gestante fique desassistida. Ressalta-se que Campinas possui uma baixa taxa de mortalidade materna, o que demonstra o cuidado e a responsabilidade com o pré-natal no município.

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