De acordo com os dados da Prefeitura de Campinas, existem na cidade 15 pontos de entrega voluntária de materiais inservíveis. São os chamados ecopontos, espalhados por todas as regiões administrativas do município. As unidades foram criadas para o descarte de pequenos volumes de recicláveis, como papel, plástico, vidro e metal, resíduos da construção civil , pneus, resíduos de poda e jardinagem e objetos de grande porte, como sofás, armários e móveis.
A proposta é a preservação do meio ambiente, a manutenção da cidade limpa e, consequentemente, evitar a proliferação de insetos e doenças causadas por eles, como por exemplo a dengue, transmitida pelo mosquito aedes aegypti, causador também da zika e da chikungunya. Na teoria, a proposta funciona muito bem. Porém, na prática, a situação é um tanto diferente.
O eletricista aposentado Aparecido José Antônio mora no Jardim Melina, no distrito Ouro Verde. Para utilizar um dos ecopontos, ele tem que se deslocar até a unidade do bairro Vida Nova, que fica cerca de 8 km de distância de sua residência. Chegando no local, o que se encontra, segundo ele, é a falta de espaço e de caçambas para depositar os materiais. “Na maioria das vezes, tem falta de espaço. E acontece pelo número pequeno de caçambas. É insuficiente”, diz.
Ainda de acordo com Aparecido, um outro ecoponto existente para atender a demanda da população que mora na região dos Dics é a unidade da Vila União, que fica ainda mais longe. Para ele, mais um problema relacionado aos ecopontos é a falta de divulgação do serviço. “Eu acho que a população não tem conhecimento e informação. É usado, mas muita gente acaba descartando materiais em terrenos baldios e áreas públicas”, opina.
De acordo com o Departamento de Limpeza Urbana, o DLU, a orientação é que os ecopontos sempre recebam os resíduos levados pelos cidadãos, independentemente do volume ocupado nas caçambas. O DLU, informou também que vai verificar e cobrar as responsabilidades, junto à empresa responsável pelo serviço, o que ocorreu no caso da unidade do Vida Nova.
