As redes de cinemas de Campinas deverão realizar sessões adaptadas para pessoas com Transtorno do Espectro Autista, o TEA. O projeto de lei foi protocolado na Câmara Municipal pelo vereador Jorge da Farmácia, do PSDB, que presidente a Comissão Permanente das Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida. O texto determina uma série de medidas que devem ser adotadas pelas redes durante as sessões especiais, como, por exemplo, luz baixa, volume reduzido e a não exibição de propaganda e trailers de outros filmes.
A professora Elisangela Kelly Delarica aprova a iniciativa. Ela tem um filho com o TEA e já teve que sair de uma sessão convencional com a criança. “Tive que sair, porque o som é alto e aí ele grita”, conta. Gislaine Dutra também aprova a proposta. Ela é mãe de um adolescente e, em sua opinião, as pessoas precisam se conscientizar de quem tem o transtorno também tem o direito ao lazer. “As pessoas precisam se conscientizar. É só adaptar uma coisa ou outra pra que a gente possa participar e ter lazer”, defende.
A finalidade do projeto de lei, segundo o vereador, Jorge da Farmácia, é assegurar o direito e a inclusão social das pessoas com o Transtorno do Espectro Autista. A proposta prevê multa para as redes de cinema que não respeitarem a lei, mas, segundo o parlamentar, a intenção não é essa. “A ideia não é punir, mas propor uma forma de diversão e lazer. Caso haja o descumprimento, porém, o texto estabelece uma multa de mil unidades fiscais do município. Se houver reincidência, o valor é de 3 mil Ufics”, explica. O PL protocolado na Câmara Municipal de Campinas segue o exemplo do que já foi implantado com sucesso na capital paulista.
