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Uma pesquisa realizada na Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, vem ajudando um problema que afeta muitas pessoas no mundo. A cada 2 minutos e meio nasce uma criança com fenda oral, a anomalia crânio facial mais frequente. Além dela, existem diversas outras que tem uma frequência menor, mas impacto igualmente grande.
Pensando nisso, Vera Lúcia Lopes, professora da faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, e Isabella Lopes Monlleó, professora do Instituto de Biologia da Universidade Federal de Alagoas, desenvolveram o software Cranflow, que serve para coletar os dados e formar a base brasileira de anomalias craniofaciais.
O sistema permite, em larga escala, cadastrar as anomalias ao longo da vida do paciente, cadastrar dados geográficos do paciente e anexar imagens e exames deles. Isso permitiu que ocorressem melhorias palpáveis para quem lida com as pessoas no dia a dia.
Uma das descobertas do sistema é que 55% dos casos tinham origem no Nordeste do Brasil, região com maior incidência de pais consanguíneos, ou seja, pais que são parentes de primeiro grau, e com maior grau de analfabetismo materno. Assim, foi possível sugerir políticas públicas preventivas para isso.
Segundo vera Lúcia Lopes, o Cranflow permite identificar necessidades de saúde específicas da população com anomalia craniofacial, além de possibilitar avanços no estudo genético. É o big data ajudando na melhoria de vida da população!
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Samuel Leite é jornalista, especialista em inovação e líder da Digitale – agência de publicidade digital.