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Vereador questiona prorrogação de contrato da Emdec

Foto: Reprodução/Google Street View

O reajuste e a prorrogação do contrato de locação de veículos sem motoristas pela Emdec viraram alvo do vereador Marcelo Silva, do PSD, que protocolou um pedido de explicações ao prefeito de Campinas, Jonas Donizette, do PSB.

Além de questionar a necessidade da contratação desses serviços, Silva considera que a continuidade do acordo pode ser imoral devido a um dos nomes do quadro societário da Horse Locadora de Veículos e Equipamentos Ltda.

Tarik de Azevedo doou R$ 10 mil em 2016 para a campanha de reeleição de Jonas Donizette, fato que foi noticiado pela CBN Campinas em maio de 2019, quando o Executivo Municipal negou qualquer ilegalidade no processo.

Na época, o montante de R$ 5 milhões era válido por cinco anos. Agora, foi reajustado para R$ 3 milhões com validade até 2021, conforme publicação no Diário Oficial. Mas Marcelo Silva questiona a opção pela prorrogação.

“A própria notícia que vocês veicularam dizia que o dono da empresa foi doador da campanha do Jonas. E o que seria mais transparente sobre o serviço, seria novamente abrir uma licitação. Só que eles simplesmente prorrogaram”, diz.

O documento que teve o prazo ampliado prevê o fornecimento de 206 veículos. Os aluguéis vão de R$ 1,1 mil a R$ 2 mil, mas a contratação estabelece ainda que um carro blindado no valor de R$ 4,4 mil mensais esteja à disposição da Emdec.

O item do acordo chamou a atenção do vereador, que diz não entender a necessidade de uso de um automóvel blindado para o trabalho da empresa responsável pelo trânsito. Ele define o gasto público como “desrespeitoso”.

“Um automóvel de passageiros blindado. E por isso eu falo que é um desrespeito com o campineiro, porque nós queremos saber a necessidade da utilização de veículos com valores nessas faixas, totalizando R$ 3 milhões”, reclama.

Com o protocolo feito, o prefeito tem até 15 dias a partir da data do recebimento para responder ao questionamento, prorrogáveis por mais 15 dias. Procurada, a Prefeitura de Campinas respondeu através de uma nota da assessoria.

No comunicado enviado à produção da CBN, alega que “a empresa Horse foi vencedora de licitação realizada no final de 2018, com duração de um ano” e que “o processo previa a possibilidade de mais quatro anos de renovação”.

O texto detalha que, ao final da vigência, a empresa “apresentou um estudo de viabilidade econômica no qual evidenciou vantagem comparativa de preços em relação aos demais concorrentes”, o que levou a opção pela continuidade.

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