Para evitar o risco de contaminação pelo novo coronavírus, a Maternidade de Campinas aperfeiçoou a triagem do pronto-atendimento para que somente grávidas e bebês em risco e com necessidades clínicas sejam recebidos. O presidente da unidade, Carlos Ferraz, explica que determinou o direcionamento de pacientes com quadros mais complexos como prioridade. A intenção é evitar a exposição e reduzir as chances de contágio no local.
“Nós estamos priorizando os atendimentos com necessidade clínica, usufruindo melhor da nossa triagem para direcionar os casos urgentes e evitando a exposição de outros que não possuem necessidade de consulta”, detalha.
Em todo o complexo hospitalar, as medidas de prevenção e higienização, que já eram praticadas, foram reforçadas. O uso de álcool gel foi ampliado, assim como a preocupação com a circulação do ar nos corredores e nas salas e setores. Sobre o uso de leitos de UTI, Carlos Ferraz lembra que o local possui vagas específicas para obstetrícia e que a adequação para outros tipos de pacientes, solicitada pela Prefeitura para reforçar o combate ao surto, foi descartada.
“Nós discordamos deles, porque nós temos que manter nossa prioridade. A maternidade é responsável por 80% dos atendimentos da RMC, então não podemos acabar contaminando o hospital que faz tudo isso na região”, alega.
Como o vírus e a doença ainda são novos e desconhecidos por parte dos cientistas e médicos, Ferraz diz não ter ainda um procedimento terapêutico indicado. Porém, lembra que a transmissão pode acontecer pela amamentação. “Não existe orientação de tratamento, ou de seguimento terapêutico melhor. Mas para a paciente que tiver com a covid-19, não é indicada a amamentação, porque ela pode transmitir pelo leite ao bebê”, afirma o presidente do hospital.
O contato com o recém-nascido deve ser evitado, a exemplo do que é feito para o vírus sincicial respiratório e o H1N1. Com base nisso, o horário da visitação foi reduzido na maternidade e o número de acompanhantes, foi limitado a um.