Os centros de Educação Infantil Mauro Marcondes, no Jardim Princesa, e Reverendo Doutor Bernhard Johnson Junior, no Jardim Eldorado, em Campinas, terão as atividades retomadas por completo ainda em março. A promessa é da secretária municipal de Educação, Solange Pelicer, que atribuiu a demora na regularização das aulas e a falta de informação dos pais à mudança que aconteceu no fim de fevereiro, de uma organização social para outra.
Segundo ela, o fim do contrato anterior e o processo de adaptação afetaram o cronograma e o funcionamento das unidades, mas justifica que os dois locais receberam as crianças, enquanto os trâmites burocráticos eram cumpridos. “Já saiu o resultado final no Diário Oficial e já está em processo de contratação. Então, no máximo até dia 16 eles assumem. E já está tendo aula, porque nós assumimos as duas creches e as aulas aconteceram nos últimos dias”, diz.
No último dia 2, a reportagem esteve na CEI Mauro Marcondes, onde ouviu da coordenação que os alunos da tarde não eram recebidos por falta de professores. A explicação, porém, é que as atividades começaram a ser retomadas no dia 3.
Mas os pais de outros bairros também reclamam. É o que conta Fabiane Liberato, mãe de um menino matriculado na CEI Midori Hamamoto, na Vila Abaeté, onde responsáveis ficaram sabendo da mudança somente um dia antes. “Fui informada que a creche ia ficar sem aula de 15 a 20 dias, porque iam retirar professoras de rede pública e encaminhar pra lá. E meu filho é alérgico a banana e eu precisei ir até a cozinha falar sobre isso com a nova cozinheira”, afirma.
Fabiane foi uma das mães que encheram parte do Plenário da Câmara Municipal, onde a secretária de Educação esteve para dar explicações sobre os problemas.
A reunião foi convocada pelo vereador Gustavo Petta, do PCdoB. Na opinião dele, que é presidente da Comissão de Educação da Casa, o encontro comprovou que a pasta deveria ter conduzido melhor a troca na gestão das unidades de ensino infantil. Com isso, espera que a situação não se repita. “É importante dizer que há um problema de planejamento. O final do contrato, por exemplo, poderia ter sido alinhado para o período de recesso. Então nós vamos sentar com os pais e a nova entidade para discutir o trabalho”, detalha.
Uma comissão será formada por representantes dos pais dos alunos, membros do sindicato dos professores e vereadores. A ideia é tentar manter os funcionários que deixaram de trabalhar nos dois centros de Educação Infantil da cidade. A gestão era realizada até o dia 28 de fevereiro pela Organização Social Brasileirinhos. Até que no início de março, a Secretaria de Educação divulgou que a OS Grupo de Oração Esperança assumirá as unidades de ensino.