O atendimento à população de rua em Campinas foi mantido na pandemia e dois abrigos emergenciais foram abertos. Um deles recebe pessoas com sintomas de coronavírus. O outro é voltado aos idosos com problemas de saúde.
A secretária municipal de Assistência Social, Eliane Jocelaine Pereira, diz que a distribuição e o fornecimento de alimentos também tiveram que ser reforçados, já que grande parte da rede de apoio de voluntários parou de realizar o serviço.
“Nós então assumimos esse serviço, tanto no aumento do fornecimento ao Bom Prato, que agora funciona à noite, mas mantendo isso no Centro de Referência para a População de Rua. Além disso, abrimos abrigos emergenciais”, diz ela.
Apesar da manutenção e da preocupação com novas ações, Jocelaine reconhece que muitas pessoas ainda resistem e preferem permanecer nas calçadas, praças e sob as marquises de prédios, principalmente na região central do município.
Ainda assim, o trabalho de convencimento continua e até espaços da educação para receber a demanda desse público foram adaptados. É o caso do abrigo que foi montado no Centro de Educação Profissional de Campinas, o Ceprocamp.
“As escolas estão sim no nosso raio de ação e nós estamos utilizando o Ceprocamp como o segundo abrigo emergencial. O local recebeu adequações para banho, refeitório e também para que camas fossem colocadas lá”, explica.
O local tem equipe própria e treinada, oferece quatro refeições por dia e possui referência em saúde com funcionários de unidades básicas e do consultório de rua. Atividades de orientação sobre higienização também são desenvolvidas.
Álcool gel e máscaras também foram distribuídos e a atenção com o alcoolismo, a dependência química e os transtornos mentais também foi intensificada durante a pandemia. As situações são comuns entre pessoas em situação de rua.




