Os estabelecimentos comerciais que ficam fechados ou que atendem por meio de delivery durante a quarentena tiveram uma queda acentuada ou total no faturamento. Sem arrecadar, dependem de crédito dos bancos e ajuda do governo para dar conta da folha de pagamento e honrar o compromisso com fornecedores. As medidas de ajuda financeira anunciadas pelos governos federal e estadual muitas vezes nem chegam aos empreendedores. O presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, a Facesp, Alfredo Cotait, afirma que o poder público deveria flexibilizar o funcionamento para manter empregos.
Para o presidente da Facesp, os bancos e o governo não conseguem dar conta de oferecer crédito para que a atividade econômica do comércio seja mantida, ainda mais depois de a quarentena ter sido prorrogada pelo Governo de São Paulo.
A postergação do pagamento de impostos, porém, está longe de ser solução na opinião do vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, a Fecomércio, Ivo Dall’Acqua. Segundo ele, a conta apenas vai chegar mais tarde para os empreendedores.
O vice-presidente da Fecomercio considera insuficientes os recursos que foram disponibilizados pelo governo para tentar girar o capital do setor e diminuir os prejuízos com os estabelecimentos fechados total ou parcialmente.
Por causa das incertezas sobre flexibilização ou reabertura total das lojas, a Fecomercio afirma que ainda não é possível calcular quantos estabelecimentos vão encerrar as atividades e quantos funcionários serão demitidos com a retração do varejo.