O Laboratório de Patologia Clínica do Hospital de Clínicas da Unicamp foi credenciado pelo Instituto Adolfo Lutz para realizar testes de covid-19. Uma plataforma com cerca de 20 laboratórios, na maioria públicos e ligados a instituições de pesquisa e ensino do Estado de São Paulo, busca otimizar a realização de testes para diagnóstico da doença.
A Unicamp montou infraestrutura e treinou pesquisadores para realizar 40 mil testes. Mas esse número pode não ser atingido por causa da falta de insumos. O material para os primeiros 6 mil deve chegar em breve, mas o que foi encomendado para outros mais de 30 mil não está garantido.
Segundo um pesquisador da Universidade Estadual de Campinas, os Estados Unidos estão barrando carregamentos de materiais destinados a outros países. Por isso, a ideia é produzir insumos alternativos para a realização dos testes. Os profissionais estão testando produtos de marcas diferentes das usadas atualmente para verificar se os resultados são os mesmos.
Todos os protocolos que funcionarem serão disponibilizados no site da força-tarefa do Centro de Contingenciamento do Coronavírus do Estado de São Paulo para que todos os laboratórios não parem por falta de determinados insumos e possam seguir com os testes.
Além da Unicamp, as maiores universidades públicas paulistas vão colaborar com a realização de testes do novo coronavírus. A USP disponibilizou laboratórios na Capital e em Ribeirão Preto e pretende montar a estrutura também em Bauru e Pirassununga. A Unesp vai participar em Botucatu na fase inicial e vai estender o trabalho em breve para São José do Rio Preto e Araraquara.
A rede de universidades vai realizar pesquisas de maneira integrada com os institutos Adolfo Lutz, Butantan e da rede privada.
