A presidente do Centro Infantil Boldrini de Campinas, Silvia Brandalise, critica o uso de medicamentos que vem sendo apontados como método de cura para a covid-19. Entre os medicamentos divulgados ela cita a hidroxicloroquina, fabricada no Brasil. Silvia Brandalise acredita que a cura para a doença virá através de vacina, que ainda está no campo da pesquisa, e não em medicamentos já conhecidos. A divulgação de medicamentos para a covid-19 gera angústia na classe médica e também na população, segundo Brandalise.
Mesmo com a pandemia, a entidade continua recebendo os pacientes para o tratamento do câncer infantil e doenças hematológicas. No local, várias medidas de precauções foram adotadas. Entre elas a redução no número de acompanhantes. Os voluntários foram afastados e foi criada uma ala específica, com nove leitos, para atender pacientes ou acompanhantes suspeitos de coronavírus. Nos últimos dois meses foram registrados 10 casos suspeitos e nenhum confirmado.
O impacto maior, segundo a presidente do hospital, foi sentido na compra de equipamentos de proteção individual. A dificuldade em comprar EPI´s foi suprida com o apoio da comunidade que doou máscaras e aventais usados pelos profissionais. Houve também redução significativa na receita obtida com doações, principalmente a de um plano de capitalização, que repassa uma média de R$ 1 milhão por mês ao hospital.
Além disso foi necessário protelar a busca de doações de empresas para um fundo patrimonial perene destinado a pesquisas. No campo da educação, o hospital foi obrigado a suspender o Congresso Internacional sobre Tumor Cerebral, por conta da pandemia.