As floriculturas retomaram suas atividades no estado de São Paulo nesta quinta-feira, 30, após uma decisão do governo paulista, que declarou a atividade como serviço essencial. A decisão vem num momento importante para o setor, na semana do dia das mães, após amargar um prejuízo histórico com as restrições impostas pela quarentena adotada no combate à pandemia de covid-19. O Palácio dos bandeirantes emitiu um decreto no dia anterior, endereçado ao Instituto Brasileiro de Floricultura, sediado em Holambra, permitindo que as floriculturas voltassem a operar normalmente.
O setor de flores e plantas ornamentais registra uma baixa de 80% nas vendas, sendo um dos mais afetados pelo atual momento do agronegócio brasileiro. O Ibraflor estima um prejuízo de até R$ 1 bilhão desde do início das restrições provocadas pela pandemia. De acordo com o secretário estadual de agricultura e abastecimento, Gustavo Junqueira, o governo acompanhou de perto a situação do setor, que registrou perdas importantes no período. Segundo ele, após uma análise criteriosa, o estado entendeu que o mercado de flores é parte essencial do agronegócio e, sendo assim, deveria retomar suas atividades imediatamente. “A demanda caiu drasticamente e isso teve um efeito na produção. A produção agropecuária não para, você segue plantando e o que não sai, você perde e joga fora. Então essa situação ficou difícil e a agora a gente teve um bom esclarecimento que sim, as flores são essenciais ao agronegócio”, afirmou.
Gerente de marketing de uma cooperativa, Thamara D’Angieri comemorou a decisão, justamente num momento em que as vendas são maiores. Ela credita que o fato do estado ter reconhecido a atividade como essencial foi uma vitória e vai beneficiar o setor na semana que antecede o dia das mães. “O estado de São Paulo está sendo rígido e enxergou floricultura como um trabalho essencial, produto do agronegócio e perecível. Para a gente foi uma vitória esse comunicado e nós estamos esperançosos para fazer um dia das mães, obviamente não como os outros anos, mas podendo levar nosso produto para abraçar tantas mães pelo Brasil”, disse. O decreto do governo de São Paulo determinou que o setor voltasse a operar, desde que respeite e garanta os cuidados devidos para a prevenção da transmissão do novo coronavírus.