O avanço no número de casos de infectados e de mortes provocadas pelo novo coronavírus continua sendo registrado por todo o interior paulista. Para se ter uma ideia do aumento, em 14 de abril o interior registrava 10,75% do total de casos do estado. Um mês depois, o índice saltou para 18,96%. Em primeiro de junho, respondia por 22,84% e, no dia 14, já atingia 27,02%.
Seguindo a comparação sobre a evolução da pandemia no dia 14 de abril, o interior registrava 11,22% das mortes em São Paulo. Em, 14 de maio, o índice era de 14,35 e em 1º de junho, subiu para 16,41%. Duas semanas após, no dia 14, o índice de óbitos no interior já havia atingido, 18,72%.
Nas três áreas de Saúde que integram a Região Administrativa de Campinas, os casos saltaram de 6.855 para 13.380, aumento de 95% entre 1 e 15 de junho. Já a média no estado no mesmo período ficou em 63%. A evolução nos números de mortes também é preocupante. Até o dia primeiro de junho, as cidades dos Departamentos Regionais de Saúde de Campinas, Piracicaba e São João da Boa Vista registravam 341 mortes. No dia 15 de junho, já eram 595. O crescimento no período foi de 74%, enquanto a média estadual foi de 40%. Apesar da evidência do aumento nos índices estar relacionada a abertura da economia para as atividades não essenciais, o secretário de desenvolvimento regional do estado, Marco Vinholi, afirma não ser esse o motivo.
Para ajudar os municípios no enfrentamento a evolução da pandemia da covid-19 no interior, Vinholi não descartou a possibilidade da montagem de hospital de campanha e aumento no número de leitos hospitalares. De acordo com ele, o índice crescente de casos e óbitos no interior tem preocupado o governo e nesta sexta-feira o governador João Dória, deverá se pronunciar a respeito de um possível retrocesso no plano de flexibilização da economia nos municípios.
