A comissão de saúde da câmara de Campinas realizou uma reunião por videoconferência nesta quinta-feira,20, onde debateu a situação e as condições dos trabalhadores do SUS municipal na pandemia do novo coronavírus. Existe uma grande preocupação com a categoria, que vem se empenhando no atendimento à população, colocando em risco a própria segurança.
O encontro reuniu diversas lideranças do setor, que puderam expor suas reivindicações para melhorar as condições de trabalho e também, consequentemente, a assistência aos pacientes. A presidente do Conselho Municipal de Saúde, Nayara Oliveira, acredita que os trabalhadores do SUS devem ser valorizados, principalmente num período tão conturbado quanto esse. Segundo ela, é através desta valorização que a qualidade do serviço cresce e a população passa a ser melhor atendida. “O cerne do trabalho, o cerne do SUS, está na valorização dos seus trabalhadores. Porque o SUS é ultradependente de uma força de trabalho coesa, consistente e que se sente realizando bem o seu trabalho. Se ela (força de trabalho) não faz isso, ela não se sente bem e não constrói e cuida da forma como precisa. A gente acredita nisso profundamente. A gente acha que a força de trabalho protegida protege bem a população”, afirma.
O presidente da Rede Mário Gatti, Marcos Pimenta, ressaltou o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos profissionais no combate à pandemia. Ele alerta para um possível aumento de casos com a flexibilização das atividades comerciais, mas garante que se isso se confirmar, o município está preparado para atender a população. “Tivemos uma boa resposta assistencial nessa área de urgência e emergência, UPAs, Samu integrando todas as unidades, os dois hospitais atuando de forma conjunta. Mas temos ainda muito a cumprir, porque a pandemia ainda está conosco. Essa questão da flexibilização do afastamento social. Com certeza, o vírus gosta de gente e gostando de gente, vai ter uma maior transmissão. Esperamos que não seja necessário, mas estamos preparados”, disse.
